segunda-feira, novembro 29, 2004

Tem hora pra tudo

O fim de semana foi de diversão. Portobelo Market no sábado com a Mariangela e a Vicky - o John Joe apareceu por lá tb e nos levou a um café português. Parecia que estávamos no Chiado ou em Belém...
Domingo foi finalmente o dia de Greenwich. Depois de semanas e semanas planejando - a frase "E Greenwich?" já tinha virado até piada - conseguimos ir! Um dia frio, mas agradável... Pegamos o barco em Westminster e chegamos lá uma meia hora depois (ou mais?). Mercadinho charmoso e livrarias de 2 pounds que fizeram a gente voltar carregada...
Bom, hoje é dia de estudar. Debt crisis, inflation, etc, etc... "The second consideration is whether the discount at which the central bank redeems its external debt is large enough to offset the extra interest cost incurred on domestic debt issued as a counterpart". Ui! :D

In our way to Greenwich before the debt crisis... Posted by Hello
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sábado, novembro 27, 2004

Todo mundo junto!

A Patricia e o Mariano comemoraram juntos os aniversários e acabaram reunindo todas as pessoas que mais gosto por aqui sob um mesmo teto. A festa foi muito legal! Como se não bastasse, a Renata Chiara, que não via há séculos e que agora mora em NY, apareceu por lá! É amiga de um dos convidados da Patricia. Me cutucou e disse: "Não a-cre-di-to!!" Que coincidência!
A fotos mostram bem o clima da festa!


Iracema e eu na festa da Patricia e do Mariano Posted by Hello
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sexta-feira, novembro 26, 2004

Boa provocação

Fui ontem com a Clarisse assistir ao The Corporation. Descontos à parte, o filme faz a gente pensar em muita coisa. Tem uns exageros, claro. Mas as partes razoáveis (a maioria das quase 2h30) deixam uma pulga atrás da orelha daquelas pessoas mais resistentes e todo o bla bla bla sobre as tais TNCs (Transnational Corporations). A combinação Michael Moore, Naomi Klein e Noam Chomski bota um pouco de medo. Mas os caras tb entrevistam CEOs, que dão depoimentos interessantíssimos. Algumas horas a edição parece ser livre de qualquer preconceito ou implicância.
Cheguei do café agora pouco. Estava conversando com as minhas amigas daqui do hall sobre a violência do Rio. Como explicar que realmente acontece tudo aquilo que as pessoas ouvem falar mas que a nossa cidade não é como um filme de Faroeste? Cara, não imaginava que seria tão difícil... Elas perguntam:
- Mas as pessoas são mesmo assaltadas no sinal de trânsito com armas?
- Ãmmm... Sim... Mas...
- E existe essa guerra do tráfico mesmo?
- É... Existe sim, mas... Mas....
Aí vc dá um jeito e consegue convencer de que mesmo assim o Rio é uma cidade normal. Fazer elas acreditarem que vc não sente medo de sair na rua e voltar tarde. Mas é difícil. E, assim de longe, as coisas ficam ainda mais estranhas. Acho que é pq a gente se acostuma quando está no Rio.
Bom, voltei pro quarto e abri o Globo e a Folha. Manchete do Globo: "A noite do poder paralelo. Quatro mortos, três feridos, balas traçantes, explosões de granadas, motoristas acuados e muito pânico foram conseqüências dos tiroteios ocorridos entre a noite de quarta-feira e a tarde de ontem em quatro favelas do Rio".
As minhas amigas ainda estavam no corredor conversando. Chamei elas pra entar no meu quarto e ler a matéria comigo. Fui traduzindo... Elas com um olhão arregalado. Talvez não devesse ter feito isso. Fica ainda mais complicado de explicar tudo depois. Mas, dependendo das pessoas com quem vc fala, isso é um exercício bom. Se elas são capazes de entender, nada mais saudável. Pra mim e pra elas...
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quinta-feira, novembro 25, 2004

Dia do orgulho!

Acabei de chegar da exibição do filme da Iracema no cinema do Channel 4. Foi o primeiro a ser exibido, de uma série de documentários premiados por uma ONG aqui do Reino Unido. Ela fez uma apresentação do filme e chorei do início do discurso dela até o fim do trecho do filme. Fomos comemorar no Busaba Eathai, um restaurante tailandês lindo e com preços ótimos no Soho.
Cheguei em casa e recebi um email de uma outra grande amiga. A Cecília ganhou o Prêmio Esso de Melhor Contribuição à Imprensa 2004! Liguei imediatamente pro celular dela e só conseguia dizer: "Parabéns! Parabéns! Queria estar aí! Vc merece! Que máximo!"
Puxa... Que dia cheio de orgulho! Que felicidade!
Parabéns, amigas!!!!
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quarta-feira, novembro 24, 2004

Para a posteridade...

Tenho que deixar registrados aqui os nossos minutos de fama. Dois meses em Londres completados hoje e já nas páginas do Oi Londres... Tsc, tsc, tsc... Quem ainda não viu, não perca! Está aqui.

Animações acadêmicas: daqui a duas semanas vou fazer, com um colega do curso, uma apresentação sobre o meu, o seu, o nosso Plano Real. Quero ver se finalmente entendo tudo tim-tim por tim-tim.
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segunda-feira, novembro 22, 2004

Centro / periferia

Tava ontem dando risadas na casa da Iracema quando o Diego, que tava na internet, interropeu o papo: "Puxa... Uma coisa triste. Morreu o Celso Furtado". Eu abaixei a cabeça, fechei os olhos rapidamente e disse: "Se eu tivesse em casa agora estava em prantos".
Início da Cepal, desenvolvimentismo, etc, etc são assuntos sobre os quais leio, ouço, falo, estudo diariamente aqui no mestrado.
Lembrei da visita do Lula, recém-eleito, à casa dele. Como que para pedir a bênção. Naquele dia fiquei pensando quanto tempo mais ele ia ficar vivo. Se poderia ver uma esquerda madura no poder... Como ele sempre sonhou...

"Tem razão Chico de Oliveira no prefácio de seu livro sobre Celso Furtado: devemos tudo a ele. O plural majestático se aplica naturalmente às sucessivas gerações de economistas e cientistas sociais que teimam em descobrir e redescobrir o Brasil. Devemos a Furtado a compreensão da especificidade do subdesenvolvimento e o entendimento de uma questão central: os países da periferia do capitalismo estão condenados a "inventar" suas estratégias de desenvolvimento. Caso contrário, entregarão seu destino aos processos de reiteração e reprodução das condições que geram a dependência e o atraso." Luiz Gonzaga Belluzzo, na Folha.


Como se a tristeza não bastasse, esse foi o título da primeira página do JB hoje sobre o assunto: "Lessa provoca Mantega no enterro de Furtado". Na parte de baixo da dobra do jornal. Ok que a notícia da morte dele saiu na edição de domingo. Mas isso é título que um dos maiores intelectuais do Brasil mereça??? Será que eu tô errada?
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Fim de semana pós-essays

Primeiro fim de semana depois da entrega dos primeiros essays: animado como eu merecia. No sábado, fui a Camden com as meninas, antes de fazermos um feijão metido a feijoada na casa da Isa. Muito legal! Depois mostro as fotos. À noite, foi aniversário da Claudia, colega de mestrado. Argentina que viveu muitos anos na espanha, tem um namorado brasileiro e joga capoeira, toca berimbau etc, etc... A comemoração foi num restaurante colombiano em Brixton muito legal: La Mazorca.
Ontem fui com a Isa a um show de jazz no Royal Festival Hall no início da tarde e de lá segui pra casa da Iracema. Eu, ela, Diego e Patrícia ficamos de papo até as 23h. Na volta, perdi o último metrô pra casa. A última parte da viagem fiz de ônibus, naquele segundo andar, cruzando o Rio Tâmisa, meia noite. Show!

Claudia, o namorado e a "bandeja" colombiana Posted by Hello
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sexta-feira, novembro 19, 2004

Mais uma vítória do econômico sobre o social

"O governo vai ficar mais calmo, sem Lessa e seu vice-presidente, Darc Costa. E muito mais sem graça e sem imaginação. Mas, com ele, o país aprendeu que pode voltar a pensar grande, o processo deflagrado não tem volta. E, desse papel, Lessa é indemissível." Luís Nassif, na Folha de S. Paulo.

Pelo menos de 15 em 15 dias, ouço algum professor do mestrado falando: "O Brasil é o único país da América Latina que ainda tem um banco de desenvolvimento forte e importante". O que pensar depois da demissão do Carlos Lessa da presidência do BNDES? Dá vontade de chorar.
Pensar que o Lula foi eleito pelas pessoas que se preocupam com o social e mantém toda a força do seu governo nas mãos dos que se preocupam com o econômico. Não dá pra levar a sério nenhum dos ministérios sociais. Mas ficávamos satisfeitos de ver que pelo menos no BNDES tinha alguém preocupado com isso. Tinha. Como é que pode, gente?
Enquanto Palocci e Furlan se fortalecem, olha o que acontece:
"Passados quase dois anos de governo, aliados tradicionais e amigos pessoais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva começaram a procurar a porta de saída do Palácio do Planalto. Somente neste mês, três integrantes do primeiro escalão e dois assessores diretos do presidente anunciaram o desembarque da gestão petista.
Ontem, foram confirmadas as saídas de Carlos Alberto Libanio Christo, o Frei Betto, assessor especial de Lula, e do presidente do BNDES, Carlos Lessa. Além deles, a secretária-executiva Ana Fonseca deixará o governo por divergências com o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias. Outro antigo colaborador de Lula cotado para sair neste ano é o jornalista Bernardo Kucinski, atual assessor da Secom (Secretaria de Comunicação de Governo)". Tá na Folha.
Frei Betto já vai tarde, mas, gente, a Ana Fonseca era a centralizadora do Bolsa Família (ex-Fome Zero ou seja lá o que for). A galera do social não se entende, enquanto a do econômico é superorganizada e consegue tudo o que quer.
Cara, chorei de raiva e de tristeza...
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quarta-feira, novembro 17, 2004

Caipirinha e Bezerra da Silva

Foi a poucas quadras do Covent Garden. Conseguimos reunir acho que mais de 25 pessoas pra ocupar quase a metade da pista do Guanabara, novo point da noite brasileira descolada em Londres. Recebi um scrapbook do DJ no Orkut e chamei os amigos. Foi muuuuito legal! Os amigos chamaram os amigos, que também levaram outros amigos. A Marcela, que está na foto, é da Eslováquia e foi uma das que caiu no samba. Literalmente. A Vicky e a Mariangela também estavam concentradíssmas aprendendo os passos. E a galera foi ao delírio ao som de Jorge Bem, Fernanda Abreu e até uma versão rock 'n roll de As Rosas Não Falam. Mais fotos aqui!


Marcela, eu e a minha "bavara", com selinho do Brasil Posted by Hello
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segunda-feira, novembro 15, 2004

Bons momentos

A foto tem três semanas, mas como está muito engraçada e foi tirada num dia superlegal, merece esse post. Esse foi um dos nossos jantares, que já está virando um costume e vai deixar muitas saudades daqui a um ano. Tenho me tocado que já estou começando a sentir saudades disso tudo aqui. Isso que é antecipação... Tô com a maior cara de maluca. Mas é que távamos tentando botar pra funcionar o automático há um tempão e dessa vez finalmente conseguimos.

Jantar na casa da Tati! Posted by Hello
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domingo, novembro 14, 2004

Ufaaaa!

Merecido descanso depois de praticamente três semanas só em função disso. Os três essays estão prontos e a entrega é amanhã até as 17h. Nos dois principais murais do instituto já tem uma convocação informal (escrita a canela numa folha de fichário) para a cerveja da alforria num dos pubs próximos. O combinado é todo mundo se encontrar na porta do instituto às 17h e seguir junto pra algum lugar. Legal!
Hoje fiquei em função dos últimos ajustes, ajeitando referências e bibliografias. Mas ontem deu tempo de curtir a cidade! E muito bem!
Eu, Néli e Adriana fomos ver Bridget Jones, the edge of the reason. Filme pra mulherzinha que serve de ótimo remédio pra relaxar dos essays. Além disso, como se passa em Londres, você morre de felicidade de ir reconhecendo os lugares por onde os personagens passam. Muito astral.
Como se não bastasse tudo isso, fomos assistir ao show de fogos de artifício sobre o Tâmisa, promovido pela prefeitura. Eles fecham as principais ruas perto da Waterloo Brigde e fica um clima meio de revéillon de Copacabana. Só que os ingleses são muito contidos. Quando os fogos acabaram, só palmas. Nem um u-huuuu! Como a Néli bem lembrou, se fosse no Brasil veríamos várias rodinhas de pagode com churrasquinho. Hahaha!
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sábado, novembro 13, 2004

"Juízo, hein..."

Essas foram as últimas palavras que o embaixador José Mauricio Bustani (aquele meeeeesmo!) dirigiu a mim num aperto de mão na despedida da recepção da Embaixada do Brasil aos pós-graduandos brasileiros no Reino Unido.
O cara já era sujeito de toda a minha admiração depois do caso Opaq/EUA. Teve mão firme como diretor da Organização para a Proibição de Armas Químicas para defender a adesão do Iraque a seu organismo, o que evitaria uma guerra como a que está acontecendo. Foi retaliado pelos EUA, que articularam seu afastamento da organização. Este ano ele ganhou uma ação na OIT questionando a sua demissão. O embaixador que não recebeu o merecido apoio do Itamaraty durante o início do caso tornou-se ainda mais admirado. Pelo governo Lula, foi nomeado embaixador do Brasil em Londres.
Hoje, só para os mestrandos e doutorandos brasileiros, Bustani fez um discurso emocionante dizendo como era importante para o governo Lula ser representado no exterior pela nova geração de pessoas que buscavam aprofundamento acadêmico. Foi emocionante a sensação de ser recebida na casa dele, residência oficial do embaixador em Londres, com as formais boas-vindas e se sentir já como representante do Brasil. É piegas, foi diplomático, mas foi muuuuuito legal!
Passamos uma hora conversando com ele, na mesma rodinha informal. Entre os assuntos, claro, o caso Opaq, a falta de especialização da imprensa brasileira, o governo Lula, Celso Amorim, Marco Aurélio Garcia e Samuel Pinheiro Guimarães, a relação Lula-Chávez e as negociações Mercosul, Alca, UE. Depois de uma hora bombardeado de perguntas minhas, da Yula e do João, educadamente pediu licença. Alguns minutos depois, me despedia dele recebendo um sorriso aberto e um simpático "Juízo, hein...". "Pode deixar, embaixador. E muito obrigada por tudo", respondi.
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quinta-feira, novembro 11, 2004

Puxa, tinha esquecido!

Esqueci de contar aqui uma das coisas mais legais da última semana. A Vicky, amiga greco-belga, fez aniversário no sábado e produzimos uma comemoração de aniversário pra ela. O que começou como uma reuniãozinha num pub aqui perto, acabou em bolo com vela e tudo! Do The Goose fomos pra um bar com pista de dança e entrada gratuita pra estudantes e rimos muitooo! Entre os amigos presentes, gente do Brasil, da Argentina, de Portugal, do México, da Polônia e de Chipre. Como é legal ver uma amiga feliz! :D
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Adeus, Arafat


Ele viveu toda a sua vida defendendo um povo. Foi acusado de instigar o terror e de se manter muito duro em algumas das negociações que poderiam ter gerado bons resultados para o lado palestino. Alguns o amaram, outros o odiaram. Eu me limito a pensar que são poucos os que agüentam por tanto tempo se sacrificar por uma causa, por um grupo. Boa parte do tempo que estive trabalhando em internacional, Arafat passou trancado em seu QG em Ramala. Só saiu de lá para morrer, longe do lugar que os palestinos sonham em chamar, um dia, de seu país.
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quarta-feira, novembro 10, 2004

Ele vem chegando...

O inverno tá se aproximando aos pouquinhos, como quem não quer nada. Já é difícil sair sem cachecol. De saia, só para as muito corajosas. São 14h50 e o dia já começa a dar sinais de que está indo embora... Seis horas da tarde aqui já dá pra ter vontade de jantar por causa disso. Tudo explicado!
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segunda-feira, novembro 08, 2004

Fim do segundo round!

Ontem fiquei estudando até 1h30 da manhã, mas valeu a pena. Concluído o segundo dos três essays que tenho que entregar em uma semana. Já tô trancada de novo em casa com a livrarada do último. Mais uns dias de castigo e tudo estará concluído! Esse último é sobre o pós-Consenso de Washington. Assunto gostoso de estudar! Oba!
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sábado, novembro 06, 2004

Livrarias em Bloomsbury

Acabei de chegar de uma volta por algumas das livrarias mais legais de Londres. Nada como morar no bairro que serviu de casa pra Virginia Woolf, Edgar Allan Poe, Charles Dickens, Karl Marx (se considerarmos a British Library sua casa) e John Keynes. A casa do Keynes fica atrás do meu instituto e quase chorei quando vi a plaquinha...
Aí vão umas dicas boas pra quem tiver pensando em passar em Londres em breve e adora livros:
A Judd Two Books, que fica a dois prédios da minha casa, é charmosérrima e inacreditavelmente barata. Vi hoje um superdicionário Oxford por cinco libras! Guias de viagens maravilhosos e livros de arte novíssimos por preços mais baixos que os dos sebos da Rua do Senado.
A um quarteirão dela está o Skoob, um dos melhores sebos daqui. Comprei o meu Rough Guide da Itália, de 1995 (tá bom!!), por seis pounds! Estou indo pra Veneza, Bolonha, Florença e Roma em dezembro. Volto depois do Natal.
De lá, segui pra Ulysses, uma livraria que vende obras antigas e valiosas. Lugar lindo, mas com cara de caro, claro.
Voltando de lá vi tive a maior surpresa da tarde. Chama-se Quinto Books. Um sebo/livraria em frente ao British Museum. Muitos libros de história, organizados pelos países, muitas coisas de viagem tb, teatro, sociologia... O máximo.
A última parada foi na Waterstones. A Saraiva daqui. Me rendi ao sistema pq tava precisando comprar o meu Longman Activator. Superdicionário de inglês que eu deixei no Brasil e ainda não me perdôo por isso... Foram-se 24 libras.
Mas essa experiência de aprender a viver com pouco dinheiro é interessante. Passei semanas pensando no dicionário e me odiando por não tê-lo trazido. Fui duas vezes à Waterstones paquerá-lo, pensando se comprava... Hoje decidi que não tinha jeito. Só falou voltar pra casa saltitando de felicidade. Nada como comprar uma coisa que a gente realmente precisa depois de dias de dúvida. Eta pobreza... :D
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sexta-feira, novembro 05, 2004

Nem no Réveillon de Copacabana



"Remember, remember
The Fifth of November
Gunpowder treason and plot
We see no reason
Why gunpowder treason
Should ever be forgot!"

Um "rebelde católico" em 5 de novembro de 1605 tentou explodir o Parlamento britânico e mandar pelos ares junto o rei James I. No ano que vem o acontecimento completa quatro séculos e os britânicos comemoram a chamada Bonfire Night anual e religiosamente (hahaha!), queimando imagens do tal Guy Fawkes, um dos mais famosos traidores do país, e fazendo um impressionante show de fogos de artifício. Cara, os fogos começaram às 19h. São 21h e tudo continua a mil. Daqui do meu quarto dá pra vez os que explodem mais alto. Lindo! Sorte que amanhã tem mais e eu vou poder ver mais de perto. É... A festa dura dois dias e o pior: eu nunca tinha ouvido falar nisso...
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quinta-feira, novembro 04, 2004

Ballet em Angel


Hoje a Melissa me carregou pra ver um espetáculo da Rambert Dance Company. Impressionante a agilidade, a leveza dos caras. Destaque também para a iluminação e para a música. Com orquestra e dois cantores ótimos. Um dos atos foi ao som de uma ópera cantada pelo cantor. Outro (com umas partes meio afetada demais) foi com a mulher cantando. Uma voz linda.
Ah! E o teatro??? Fantástico. No comecinho de Angel, um dos bairros mais charmosos daqui. Além de ter pubs e restaurantes superbacanas e que ficam abertos até tarde, posso ir a pé de casa!!
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quarta-feira, novembro 03, 2004

Sorry, periferia...

Geeeeeeeente, vou ficar muito besta assim... O meu segundo essay é sobre a Teoria do Pós-Desenvolvimento e ontem, assim como quem não quer nada, mandei um email pra um dos principais criadores do conceito. Fiz uma apresentação no mestrado sobre um livro dele e sobre uma crítica escrita dois anos depois, massacrando o cara. Queria saber se ele tinha escrito alguma réplica. Pois não é que o Arturo Escobar, do Encoutering Development, em carne e osso me respondeu??

Aí vai a resposta:

Dear Julia:

I have not written an answer to David Lehman's piece as such, but I include two texts in which I refer to the critiques of the poststructuralist analyes of development in general. The first one was published, the second will be published in
Spanish. ( a shorter version of this latter text will come out in a book in english).

sorry for the rushed note, and thanks for your note,

arturo

Com o email, vieram dois textos dele atachados...
Muuuuuuuuuuuito chique, né?
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Implicante

Tô aqui no meu cantinho lendo um artigo do Eduardo Galeano sobre as decepções com a Teoria do Desenvolvimento e começo a sentir um cheiro de incenso... O vizinho deve estar num dia inspirado... Por que as pessoas cismam que isso tem cheiro bom??
Enquanto escrevia essas frases mal-humoradas, o maldito alarme de incêndio voltou a tocar. Agora ele anda disparando do nada. Sem mesmo ser o teste pra medir a velocidade que a galera deixa o prédio. No momento que começo a acreditar que "esse é pra valer" e pensar em que casaco agarrar e que sapato botar, ele pára. Aiiii, que raiva!
...E o cheiro de incenso vai ficando mais forte. Cof, cof, cof...
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segunda-feira, novembro 01, 2004

Vitória!

Acabei o primeiro dos três essays que tenho que fazer até o dia 15. Que alívio. Não existe melhor sensação do que a de ter conseguido concluir esse primeiro. Espero que agora vá ficando cada vez mais fácil reunir a bibliografia, organizar o que é importante, pensar numa linha de apresentação, escrever e concluir bem.
Esse essay era pra reunir dados como PIB, PIB per capita, analfabetismo, população rural e urbana etc etc de um dos países da América Latina de 1965 a 2000 e falar sobre o seu projeto de desenvolvimento. Adorei fazer! Vamos esperar a nota agora... :-/
A propósito: que tragédia é o site do IBGE, hein? Tive até que desabafar sobre isso com o meu professor. Mandei um email dizendo que tava tendo dificuldades para encontrar alguns dos dados e ele respondeu imediatamente, dizendo que eu não precisava me fixar em todos. O importante é que a minha defesa estivesse bem sustentada. Estou curtindo muito também essa relação próxima com os professores. Todos estão sempre disponíveis para tirar dúvidas e orientar! O máximo!
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